Tromboembolismo venoso: casos da prática clínica para definir o papel da anticoagulação parentérica
A especialista do Serviço de Imunohemoterapia da ULS São João, Luciana Ricca Gonçalves, integrou o painel focado no papel da anticoagulação parentérica, na gestão e prevenção do tromboembolismo no doente oncológico. A convite da News Farma, a especialista descreve a dinâmica de interação e discussão de casos práticos, para resolução de dúvidas da audiência do XIII Fórum de Oncologia e Trombose, decorrido no Porto, no dia 22 de março.
Luciana Ricca Gonçalves começou por saudar o ambiente de partilha e discussão das “opções terapêuticas tanto em profilaxia, como em tratamento de trombose em doentes com cancro, em diferentes cenários”, trazendo assim, até ao Fórum, casos em doentes sem comorbilidades, outros com trombocitopenia, doentes com disfunção renal, mas também doentes nos quais tivesse havido interações medicamentosas, com impacto na escolha da opção terapêutica, como detalha a especialista em Imunohemoterapia, na variedade de cenários clínicos apresentados.
A discussão entre profissionais ganha ainda maior relevância tendo em conta, como afirma, que o doente oncológico “tem, à partida, risco aumentado de trombose. Sendo, a segunda causa de morte no doente oncológico, a seguir à própria neoplasia”. Logo, para a especialista, sobressai a importância de que todos os profissionais – envolvidos no tratamento do doente oncológico – “saibam avaliar o doente, para poder estratificar o seu risco”, advogando, a implementação da profilaxia precoce, de forma a mitigar o número de casos de trombose. Luciana Ricca Gonçalves considera ainda que eventos científicos, como o Fórum de Oncologia e Trombose, vêm proporcionar uma chamada de atenção para o risco de trombose e informar sobre as diferentes terapêuticas.