Médicos de Imunohemoterapia criam Associação Portuguesa de Trombose e Hemostase

“É um projeto cuja falta constituía uma lacuna no seio das sociedades científicas em Portugal”, afirma Teresa Seara Sevivas, assistente hospitalar graduada em Imunohemoterapia no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) e uma das fundadoras da Associação Portuguesa de Trombose e Hemostase (APTH), criada oficialmente há dias.

Em declarações à Just News, a médica eslarece que este novo e tão aguardado projeto “resulta da imensa vontade, empenho e interesse científico de um grupo de 7 especialistas em imunohemoterapia, com um objetivo abrangente em todas as áreas da coagulação: trombose, hemorragia, coagulopatias congénitas e coagulopatias adquiridas, observadas em vários cenários clínicos”.

“A coagulação é uma pedra angular crítica”

Teresa Seara Sevivas faz questão de lembrar que, “pelos avanços da ciência translacional, dispomos cada vez mais de bases para afirmar que a coagulação é uma pedra angular crítica em muitas das funções fisiológicas e das respostas fisiopatológicas”.

Sublinha mesmo que “nenhuma outra disciplina médica engloba tantos sistemas de órgãos diferentes e afeta doentes de todas as idades, desde recém-nascidos até idosos, mulheres e homens”.

E acrescenta: “A investigação e o ensino interdisciplinares no campo da trombose e hemostase são, pois, como ponto básico a apontar, indispensáveis para melhorar a saúde da nossa população. E estas características transformam-na numa disciplina médica indispensável e transversal, em que para o seu conhecimento é necessária a colaboração e interação entre cientistas de várias disciplinas.”

Promover a investigação e a inovação

É assim, “num contexto científico de quase necessidade urgente”, que um grupo de sete médicos de Imunohemoterapia decidiu avançar com a criação da APTH, definindo um conjunto claro de objetivos. Desde logo, há um foco na investigação e inovação em trombose e hemostase e em “estimular o avanço científico na compreensão, diagnóstico e tratamento de condições relacionadas com trombose e hemostase”. Mas não só.

Segundo Teresa Seara Sevivas, a APTH visa igualmente promover “o impulso de descobertas científicas e de práticas clínicas transformadoras, o desenvolvimento de jovens profissionais, a formação de médicos, de cientistas e de outros profissionais de saúde aliados e de toda a vasta comunidade científica que acredita que nada pode ser mais entusiasmante do que este domínio médico”.

Representatividade nacional

Apesar de ser um projeto muito recente, o grupo de sete fundadores da APTH, que constitui a Comissão Organizadora da Associação, integra já especialistas de várias unidades hospitalares do país:

  • Teresa Sevivas, Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra
  • Luciana Ricca Gonçalves (presidente da Comissão Instaladora), Centro Hospitalar Universitário de São João
  • António Robalo Nunes, Hospital das Forças Armadas – pólo de Lisboa
  • Anabela Rodrigues, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte
  • Dialina Brilhante, Instituto Português de Oncologia de Lisboa
  • André Caiado, Centro Hospitalar Lisboa Central
  • Carla Leal Pereira, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

Pode conhecer os membros fundadores da APTH aqui.